Títulos e sub - títulos do artigo:
Concepção e desenvolvimento do ambiente virtual
- Método utilizado para a concepção
- O processo de concepção
- Finalidades do desenvolvimento do ambiente
- Objectivos do ambiente
- Critérios para a concepção
Concepção e desenvolvimento do ambiente virtual
-Método utilizado para a concepção
O termo interface reporta-se a duas faces/ entidades, que reflecte um acto ou um processo de comunicação, que por significação, aplica-se à relação Homem - máquina. A criação de uma interface surge da necessidade de contacto entre as entidades, que não partilham nada entre si, contudo não se trata da passagem de um saber mas sim da disponibilização de informação, que pode ser convertida em conhecimento e posteriormente em saber, desde que bem enquadrada.
O processo global de criação do dispositivo desenvolve-se em quatro fases, de entre elas a concepção, o desenvolvimento, a implementação e a avaliação.
- O processo de concepção
As plataformas de aulas virtuais, de um modo geral ou são muito complexas para a simplicidade pretendida ou demasiada vocacionada para o ensino à distância, contudo todas estas plataformas são decalcadas do modelo de aula tradicional, directivo.
- Finalidades do desenvolvimento do ambiente
Este tipo de ambiente, sob forma de protótipo, ainda hoje é objecto de estudo de caso; já na forma de produto final constituíra um instrumento de trabalho pronto a ser usado em situações quase idênticas. Sendo que a sua estrutura deverá ser suficientemente aberta, de forma a possibilitar desenvolvimentos à posterior.
- Objectivos do ambiente
O objectivo deste tipo de ambientes é construir um interface que converge em dois aspectos: perspectiva do professor (suporte ao ensino) e a perspectiva do aluno (suporte à aprendizagem).
O alicerce às actividades de ensino manifesta-se através da flexibilização espácio-temporal das aulas, uma vez que fica disponível um referencial online, que permite aos estudantes proceder às suas actividades de aprendizagem sem correr riscos de desorientação, falta de material de estudo, falta de comunicação com colegas e/ou professor. Contudo esta rede não garante que exista aprendizagem, uma vez, que tal como a aprendizagem universitária, esta depende do estudo, mas pode suportá-la, sustenta-la e pode contribuir para a sua ocorrência.
Este tipo de ambientes permite que exista uma actualização rápida da informação, o que permite a poupança de tempo e de papel, uma vez que o servidor se encontra hospedado num servidor institucional permite um acesso seguro em qualquer hora do dia, sendo preciso, somente o acesso a internet.
Este tipo de suportes de aprendizagens permite que exista flexibilização no que respeita ao espaço e ao tempo das aulas presenciais. Esta flexibilização leva a que o próprio aluno seja autónomo no seu processo de aprendizagem, ou seja, o tempo gasto pelo aluno no site, dependerá, das suas necessidades e motivações pessoais, pois constitui u complemento às aulas, pois este tanto as pode prolongar, como preparar; assim como pode ser usado dentro/fora da sala de aula.
Este tipo de ambientes permite que exista uma flexibilização das aulas, que dificilmente se conseguiria com a utilização de qualquer outro método ou ferramenta.
O ambiente pretende assim cumprir certas funções no que respeita à aprendizagem: administrativa, suplementar, de evocação de recursos da aula, instrucional e didáctica. A função administrativa é uma função base de suporte ao processo de aprendizagem o que permite o “acesso” ao dispositivo institucional; função suplementar diz respeito à facilidade de acesso à informação relevante, materiais de estudo e à dinamização de uma comunicação temática; a função de evocação de recursos usados na aula, possível devido ás características multimédia do ambiente; função instrucional é disponibilizada, no site, materiais de estudo e discussão em aula de afirmações que se encontram, também em debate no ambiente de trabalho; função didáctica encontra-se disponível na “pasta” dos recursos e da comunicação. Em suma com a concepção deste ambiente virtual ambiciona-se: facilitar o acesso a informações proeminentes, facilitar o acesso directo a materiais de estudo, impulsionar uma comunicação temática entre os estudantes, cooperar para o desenvolvimento de competências do domínio da alfabetização informacional, pois enquanto utilizam o site os estudantes vão alcançando e/ou desenvolvendo competências. Estes objectivos têm por base a interactividade e a autonomia.
O conceito de interactividade tem uma grande importância quando referenciada no contexto das TIC, estando em ligação com algumas características como feedback e controlo, criatividade e produtividade, comunicação e a adaptatividade, premissa básica é que experiências diferentes elevam a interactividade.
- Critérios para a concepção
Existem regras de escrita, que de uma maneira geral, são aceites e que constituem dados obtidos na criação de um site. Em qualquer site existe alguns elementos fixos, como é o caso da homepage (página de entrada), os menus das secções, links de interesse, índices ou mapas, “new” (que não é mais que um espaço de novidades); contacto e feedback; bibliografias e apêndices e por fim o FAQ-frequently asked questions.
A interface visual, também denominada de interface gráfica, ou ainda de “rosto” de um site, é a primeira coisa que foca a atenção do utilizador. O design gráfico é a base de construção de interface, este também repousa sobre a noção de layout, que agrupa aspectos importantes como a composição distribuição dos elementos na página, tendo em atenção a lei dos terços, para que possa gerar um clima de harmonia e equilíbrio; gestão das linhas de força, que tem como fim guiar o olhar do utilizador; a selecção de fundos e texturas, cores, tipografia e imagens.
Devemos considerar a importância dos seguintes elementos, que são básicos numa página da Web e que estão sempre presentes: a dimensão da página; a forma (s); títulos; texto (tipografia); os média (enquanto gráficos, animações, fotografias, vídeo, sons ou música, isto é, qualquer elemento não tipográfico que ocupe espaço na página.
Os sites podem ter diversas representatividades: como a história, personagens, recursos, etc. Sendo que um site deverá ter sempre uma boa história, as melhores são aquelas, onde nos temos desejo de entrar nelas; as histórias começaram a ser contadas e ouvidas, pintadas em paredes de cavernas, posteriormente começaram a ser registadas em papel e a ser lidas, depois registaram-se em formato áudio (rádio, disco, CD), formato áudio visual (cinema, televisão, DVD). As personagens estão representadas por meio de fotografias, registo de informações, preferências, interesses, que ajuda a partilha da individualidade. A acção é um espaço de utilização colectiva resultante da interacção entre as pessoas. Os recursos são os materiais disponíveis na construção do projecto.
Outra representatividade importante é a estrutura subjacente, também denominada de informação básica ou arquitectura, ou seja, administração do sistema de navegação, que pode ser: uma estrutura sequencial (adequada para sistemas simples, mas que reivindique uma narrativa mais linear e predizível; estrutura de rede conteúdos mais elaborados e a públicos mais conhecedores e uma narrativa linear; estrutura em teia abordagem de conteúdos complexos e exige que os utilizadores tenham uma grande experiencia quer no que respeita ao assunto, quer mesmo ao uso da tecnologia, devido ao seu carácter hipertextual; por fim a estrutura hierárquica, que possibilita que o acesso com qualquer nível de complexidade no que respeita ao conteúdo, uma vez que esta habituada com os diagramas hierárquicos.
Os sites da Web, regra geral são desenvolvidos por grupos de pessoas especialistas em conteúdos, escritores, arquitectos de informação, etc. A construção das equipas de trabalho varia de acordo como objectivo que esta subjacente ao site e de acordo com a sua dimensão.
Os sites desenhados individualmente, geralmente, sofrem de “visão túnel”, parecem que esta bem organizada do ponto de vista do designer, mas os utilizadores consideram-no confuso e difícil do usar. Verifica-se a existência de três visões de três áreas profissionais diferentes: programação, design gráfico e escrita, áreas estas com muita importância e que qualquer equipa de desenvolvimento de ambientes para a Web deve reunir estas três áreas.
Referência Consultada: Oliveira, L. R. M. (2004). A comunicação educativa em ambientes virtuais: um modelo de design de dispositivos para o ensino-aprendizagem na universidade (pp. 123-167). Braga: Universidade do Minho.